QUESTÕES SOBRE BRASIL COLÔNIA I

1. (Vunesp-2003) O Brasil foi dividido em quinze quinhões, por uma série de linhas paralelas ao equador que iam do litoral ao meridiano de Tordesilhas, sendo os quinhões entregues (…) [a] um grupo diversificado, no qual havia gente da pequena nobreza, burocratas e comerciantes, tendo em comum suas ligações com a Coroa. (B. Fausto, História do Brasil.)

No texto, o historiador refere-se às

a) câmaras setoriais.

b) sesmarias.

c) colônias de povoamento.

d) capitanias hereditárias.

e) controladorias.

 

 

2. (UEL-1996) A política econômica do mercantilismo explica, no Brasil Colônia, a:

a) decadência da economia de subsistência no Nordeste.

b) introdução do trabalho assalariado na agricultura.

c) prática econômica da substituição de importações.

d) implementação da indústria têxtil no Sudeste.

e) implantação da empresa agrícola açucareira.

 



3. (UFSCar-2001) Sobre a economia e a sociedade do Brasil no período colonial, é correto relacionar

a) economia diversificada de subsistência, grande propriedade agrícola e mão-de-obra livre.

b) produção para o mercado interno, policultura e exploração da mão-de-obra indígena no litoral.

c) capitalismo industrial, exportação de matérias-primas e exploração do trabalho escravo temporário.

d) produção de manufaturados, pequenas unidades agrícolas e exploração do trabalho servil.

e) capitalismo comercial, latifúndio monocultor exportador e exploração da mão-de-obra escrava.

 



4. (UNIFESP-2003) Com relação à economia do açúcar e da pecuária no nordeste durante o período colonial, é correto afirmar que:

a) por serem as duas atividades essenciais e complementares, portanto as mais permanentes, foram as que mais usaram escravos.

b) a primeira, tecnologicamente mais complexa, recorria à escravidão, e a segunda, tecnologicamente mais simples, ao trabalho livre.

c) a técnica era rudimentar em ambas, na agricultura por causa da escravidão, e na criação de animais por atender ao mercado interno.

d) tanto em uma quanto em outra, desenvolveram-se formas mistas e sofisticadas de trabalho livre e de trabalho compulsório.

e) por serem diferentes e independentes uma da outra, não se pode estabelecer qualquer tentativa de comparação entre ambas.

 



5. (Mack-2005) Entre as funções desempenhadas pela Igreja Católica no período colonial, destaca-se:

a) o incentivo à escravização dos nativos, pelos colonos, por meio da qualificação de todos os índios como criaturas sem alma.

b) a tentativa de restringir a utilização de mão-de-obra escrava indígena, apenas aos serviços agrícolas nas áreas de extração do ouro e da prata.

c) a orientação da educação indígena, no sentido de estimular a formação, na colônia, de uma elite intelectual católica. 

d) a imposição dos princípios cristãos por meio da catequese, favorecendo o avanço do processo colonizador.

e) a promoção da plena alfabetização com a conversão de todos os índios e negros à fé católica.

 



6. (Fuvest-2000) No que diz respeito à combinação entre capital, tecnologia e organização, a lavoura açucareira implantada pelos portugueses no Brasil seguiu um modelo empregado anteriormente

a) no Norte da África e no Caribe.

b) no Mediterrâneo e nas ilhas africanas do Atlântico.

c) no sul da Itália e em São Domingos.

d) em Chipre e em Cuba.

e) na Península Ibérica e nas colônias holandesas.

 



7. (FGV-2003) “Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente.”

ANTONIL, Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1982, p. 89.

Assinale a alternativa correta:

a) A escravização dos negros africanos permitiu que os índios deixassem de ser escravizados durante o período colonial.

b) O trabalho manual era visto como degradante pelos senhores brancos, e a escravidão, uma forma de lhes garantir uma vida honrada no continente americano.

c) Apesar dos vultosos lucros obtidos com o tráfico, a adoção da escravidão de africanos explica-se pela melhor adequação dos negros à rotina do trabalho colonial.

d) Extremamente difundida na Região Nordeste, a escravidão teve um papel secundário e marginal na exploração das minas de metais e pedras preciosas no interior do Brasil.

e) Diante das condições de vida dos escravos, os jesuítas criticaram duramente a escravidão dos negros africanos, o que provocou diversos conflitos no período colonial.

 



8. (FGV-2004) Comparando a produção canavieira à extração mineradora no Brasil colonial, podemos afirmar que:

a) A primeira caracterizou-se pela utilização da mão-de-obra escrava, enquanto a segunda baseou-se fundamentalmente no trabalho assalariado.

b) A primeira esteve voltada para o mercado interno colonial e a segunda articulou-se aos circuitos do mercado mundial.

c) A primeira desenvolveu-se principalmente nas áreas do interior, enquanto a segunda estabeleceu-se principalmente nas áreas próximas ao litoral.

d) A primeira esteve vinculada às estruturas do Antigo Sistema Colonial, enquanto a segunda pôde desenvolver- se independentemente do controle metropolitano.

e) A primeira desenvolveu-se numa sociedade de caráter rural e a segunda promoveu o aparecimento de uma sociedade de caráter fortemente urbano.

 



9. (Mack-2005) O trabalho da Companhia de Jesus foi um dos elementos que contribuiu para colonização do território brasileiro. Sobre a participação dos padres jesuítas nesse processo, assinale a alternativa correta.

a) Os jesuítas destacaram-se na ocupação da região norte do território brasileiro, que assumiu, no século XVII, o papel de área central do pacto colonial.

b) Os jesuítas, através de sua ação missionária, colaboraram para a consolidação do controle da Coroa Portuguesa sobre as áreas coloniais.

c) Graças à atuação do Marquês de Pombal, e por meio da aliança do Estado com a Companhia de Jesus, foram criadas as condições políticas para a ação dos jesuítas. 

d) Os índios, os jesuítas e os bandeirantes coexistiram de forma harmônica, consolidando e ampliando a dominação portuguesa sobre os territórios do Paraguai e do Uruguai.

e) A catequese converteu o indígena em mão-de-obra disponível e majoritária, na agricultura de exportação, durante todo o período colonial.

 



10. (UFSCar-2005) O principal porto da Capital [de Pernambuco], que é o mais nomeado e frequentado de navios que todos os mais do Brasil, (...) está ali uma povoação de 200 vizinhos, com uma freguesia do Corpo Santo, de quem são os mareantes mui devotos, e muitas vendas e tabernas, e os passos do açúcar, que são umas lojas grandes, onde se recolhem os caixões até se embarcarem nos navios.

(Frei Vicente do Salvador, História do Brasil— 1500-627.)

O texto refere-se ao povoado de Recife. A partir do texto, é correto afirmar que um aspecto histórico que explica a condição do povoado na época foi

a) o investimento feito pelos franceses na sua urbanização.

b) a concorrência econômica com São Vicente, o que justifica seu baixo índice de população.

c) a relação que mantinha com o interior do país, sendo o principal entreposto do comércio interno da produção de subsistência.

d) o fato de ser próspero economicamente por conta da produção de açúcar para exportação.

e) a presença da Igreja católica, estimulando romarias e peregrinações de devotos.

 


11. (UNIFESP-2005) “Se abraçarmos alguns costumes deste gentio, os quais não são contra nossa fé católica, nem são ritos dedicados a ídolos, como é cantar cantigas de Nosso Senhor em sua língua… e isto para os atrair a deixarem os outros costumes essenciais…”.

(Manuel da Nóbrega, em carta de 1552.)

Com base no texto, pode-se afirmar que

a) os jesuítas, em sua catequese, não se limitaram a aprender as línguas nativas para cristianizar os indígenas.

b) a proposta do autor não poderia, por suas concessões aos indígenas, ser aceita pela ordem dos jesuítas.

c) os métodos propostos pelos jesuítas não poderiam, por seu caráter manipulador, serem aceitos pelos indígenas.

d) os jesuítas experimentaram os mais variados métodos para alcançar seu objetivo, que era explorar os indígenas.

e) os jesuítas, depois da morte de José de Anchieta, abandonaram seus escrúpulos no sentido de corromper os indígenas.

 



12. (UNIFESP-2004) De acordo com um estudo recente, na Bahia, entre 1680 e 1797, de 160 filhas nascidas em 53 famílias de destaque, mais de 77% foram enviadas a conventos, 5% permaneceram solteiras e apenas 14 se casaram. Tendo em vista que, no período colonial, mesmo entre pessoas livres, a população masculina era maior que a feminina, esses dados sugerem que

a) os senhores-de-engenho não deixavam suas filhas casarem com pessoas de nível social e econômico inferior.

b) entre as mulheres ricas, a devoção religiosa era mais intensa e fervorosa do que entre as mulheres pobres.

c) os homens brancos preferiam manter sua liberdade sexual a se submeterem ao despotismo dos senhores-de-engenho.

d) a vida na colônia era tão insuportável para as mulheres que elas preferiam vestir o hábito de freiras na Metrópole.

e) a sociedade colonial se pautava por padrões morais que privilegiavam o sexo e a beleza e não o status e a riqueza.

 



13. (Mack-2004) Em 1585, os colonos de São Vicente, São Paulo e Santos enviaram uma petição ao capitão-mor de São Vicente na qual solicitaram uma autorização para organizar uma expedição de guerra contra uma tribo indígena, justificando “(...) que Sua Mercê com a gente desta dita capitania faça guerra campal aos índios denominados carijós, os quais a têm há muitos anos merecida por terem mortos de quarenta anos a esta parte mais de cento e cinquenta homens brancos (...)”.

O contexto no qual essa petição foi elaborada nos permite afirmar que:

a) a utilização da mão-de-obra indígena se fazia necessária nesse momento pela falta de braços africanos, já que essa região era uma importante fonte de renda para a Metrópole.

b) a escravidão indígena foi a solução adotada principalmente nas áreas mais prósperas, como Pernambuco e Bahia, onde a exportação açucareira exigia um elevado contingente humano para a realização do trabalho.

c) não ocorreram conflitos intertribais entre os nativos, o que dificultava a ação das expedições de apresamento indígena, que constantemente enfrentavam o perigo e a morte para realizar a captura de mão-de-obra.

d) para descumprir as ordens, vindas da Coroa, de proibição à escravização dos nativos, os colonos alegavam motivos relacionados a sua segurança pessoal e à moralização dos costumes, haja vista os inúmeros casamentos mistos realizados nessa região.

e) a escravidão indígena foi usada em toda a colônia, como solução econômica secundária para a falta ou escassez de escravos africanos, mas fracassou, dentro do contexto de exploração colonial, como solução principal para o problema da mão-de-obra.

 



14. (UNIFESP-2005) “Se abraçarmos alguns costumes deste gentio, os quais não são contra nossa fé católica, nem são ritos dedicados a ídolos, como é cantar cantigas de Nosso Senhor em sua língua… e isto para os atrair a deixarem os outros costumes essenciais…”.

(Manuel da Nóbrega, em carta de 1552.)

Com base no texto, pode-se afirmar que

a) os jesuítas, em sua catequese, não se limitaram a aprender as línguas nativas para cristianizar os indígenas.

b) a proposta do autor não poderia, por suas concessões aos indígenas, ser aceita pela ordem dos jesuítas.

c) os métodos propostos pelos jesuítas não poderiam, por seu caráter manipulador, serem aceitos pelos indígenas.

d) os jesuítas experimentaram os mais variados métodos para alcançar seu objetivo, que era explorar os indígenas.

e) os jesuítas, depois da morte de José de Anchieta, abandonaram seus escrúpulos no sentido de corromper os indígenas.

 



15. (UNIFESP-2007) Não é minha intenção que não haja escravos... nós só queremos os lícitos, e defendemos (proibimos) os ilícitos. Essa posição do jesuíta Antônio Vieira, na segunda metade do século XVII,

a) aceita a escravidão negra mas condena a indígena.

b) admite a escravidão apenas em caso de guerra justa.

c) apoia a proibição da escravidão aos que se convertem ao cristianismo.

d) restringe a escravidão ao trabalho estritamente necessário.

e) conserva o mesmo ponto de vista tradicional sobre a escravidão em geral.

 



GABARITO